
Da redação
Érika Ribeiro, 28 anos, “nascida em Iporá-GO”, atualmente morando em Goiânia, está entre as maiores profissionais da música do Brasil: foi selecionada para a Edição Especial de 10 anos do The Voice Brasil, e acolhida para fazer parte do time de Michel Teló.

Érika Ribeiro, múltipla. Multi instrumentista, multi cultural, multi colorida, multi regional, multi espiritual. Aquariana com lua em Câncer, filha de Ògún e Oxóssi, frequentou Igreja Católica, Evangélica e Candomblé. Érika “Ribeirinha”, que nasceu no interior “do” Goiás, que morou em Recife-PE, que tocou música de Igreja e toca “música do mundo”, que toca bossa, samba, MPB, axé. Érika brasileira. Autoral. Autêntica. Conhecer a arte e a vida de Érika Ribeiro é provar pra nós mesmos que é possível respeitar a diversidade, transitar por todas as vias sem perder a individualidade e a essência.
Sua terra natal, Iporá, do Tupi Guarani, significa “Água, Rio Bonito”; e tem sido com a pureza e força das águas que Érika Ribeiro tem matado a sede dos amantes da boa música pelos lugares por onde passa. Sempre acompanhou sua mãe, a cantora e atriz Carla Costa, que, por acaso, começou sua carreira musical em Iporá, participando dos Festivais, se apresentando também como vocalista do Grupo “Flor do Lago”, criado para a festa de inauguração do Lago de Iporá e que acabou dando nome ao grupo e virando “point” no “Lual da Maísa” por muito tempo. Além disso, Carla Costa participou efetivamente do forte movimento cultural do município, como Produtora e Agente Cultural, ao lado de tantos nomes importantes que não arrisco citar aqui para não esquecer de nenhum. E enquanto todas as crianças brincavam durante os ensaios e reuniões em sua casa, Érika preferia ficar observando os músicos, tocando os instrumentos, ouvindo os sons.

Aos 8 anos foi morar em Formosa, município considerado o “berço das águas” das bacias hidrográficas brasileiras, onde ganhou seu primeiro violão do músico Alessandro Branco. Sua mãe tentava ensinar os acordes, mas ela dizia “DEIXA QUE EU TOCO do meu jeito”, daí vem o nome de um de seus Canais no Youtube http://www.youtube.com/deixaqueeutoco.
Além da música, Formosa foi referência para ela no Teatro, pois sua mãe fazia parte da CIA. Municipal de Teatro, dirigida pelo ator, dramaturgo e compositor Márcio Nelson. Nesta época ela acompanhava todos os ensaios e apresentações do Musical Infantil “O Palco dos Horrores”, e até hoje, mais de 10 anos depois, ela se lembra de todo o enredo e trilha sonora do espetáculo. Foi em Formosa também que nasceu sua primeira composição, em homenagem à sua mãe (…”vejo várias estrelas no céu, mas a maior é a estrela da terra…”). Érika cresceu tocando com ela, em Goiânia e interiores de Goiás, sempre muito tímida, às vezes até se escondendo atrás das caixas de som. Nem imaginava que um dia teria coragem de cantar, e que hoje estaria no The Voice Brasil justamente por causa da sua voz.
Fuá Casa de Cultura em Formosa, onde começou a história com o Maracatu

Mas na natureza as águas se movimentam, e Érika seguiu o curso (…”todo choro, o rio imenso / olha só virou Mar / virou…” – MarAmor, composição autoral) com sua mãe para Recife/PE, onde seu padrinho, Marcelo Aires, ora a levava para shows de Coco e de Maracatu, ora reunia músicos de MPB e Bossa Nova em seu “Confuso Casarão”, espaço cultural itinerante, em parceria com Carla Costa. Aliás, o violão que Érika Ribeiro toca atualmente, foi presente de seu padrinho. E foi assim que Érika escreveu mais um capítulo especial em sua trajetória, revitalizando sua ancestralidade negra em meio aos instrumentos percussivos de Pernambuco, carregados de história, de negritude, de espiritualidade. Pela primeira vez pisou em um Terreiro de Candomblé, o Ylê Axé Oxossi Guangoubira, sede da Nação do Maracatu Porto Rico, com toda a “surpresa” de quem teve uma (des)educação colonizadora, carregada de preconceitos culturais e religiosos, num país construído pelo povo preto escravizado e demonizado em sua religiosidade. Em 2010 foi formada como Multiplicadora Cultural do Maracatu Akdorge, em Formosa, com apoio do FUÁ CASA DE CULTURA, idealizado por nossa Produtora e Diretora da Revista VIU?, Cássia de Oliveira, “apadrinhada” pelo Babalorixá e Mestre Chacon Viana e pelo percussionista e Ogã da Casa Ylê Oxossi Guangoubira, Douglas Viana. Em 2012, através de apoio da Funarte, Érika volta a Formosa já como instrutora de Maracatu. Em 2016, desta vez em Pirenópolis/GO, através do Projeto Cuia, a CIA. Akdorge Maracatu plantou as primeiras sementes do Maracatu de Baque Virado no Município, tendo Érika como batuqueira e instrutora, com apoio do Fundo de Arte e Cultura de Goiás. Desde então, Érika Ribeiro tem se apresentado com sua voz e violão em diversos ambientes de “Piri”, especialmente no Restaurante “Paella do Fausto”, espaço recentemente inaugurado com show exclusivo da artista.

Maracatu Akdorge – Formosa-GO
Maracatu Akdorje em Salto do Itiquira – Formosa-GO



Maracatu Akdorge Pirenópolis-GO
Projeto CUIA – Pirenópolis-GO Maracatu Akdorge UFMT
No meio desse labirinto, desse “Vai e Venha” (Título de uma de suas composições), Érika foi morar em Aragarças/GO e cursar Direito em Barra do Garças/MT, dando um enorme salto para sua afirmação e independência enquanto instrumentista, compositora e cantora. Sua irmã, sempre sua maior companheira e incentivadora, Isadora Ribeiro, única pessoa que até então conhecia a voz de Érika que cantava escondida no quarto, teve a idéia de convidar uma amiga de “voz de veludo”, Luiza Borges para cantar, e assim “brotou” o TRIO FLOR DE LIS (“São três, são três amores, são três, são trẽs vozes…só trago cordas e vocais, e três lindas meninas…” Buquê – Érika RIbeiro). E mais uma vez com a energia das águas, onde o Rio Araguaia se econtra com o Rio Garças, lá estava ela, ministrando oficinas de Maracatu (Grupo Akdorge Baque das Águas) na UFMT e no Espaço Berô Can de Artesanato Indígena; lançando seu primeiro EP Explícita(Produção Uirá Paiva), fazendo shows com seu Trio Flor de Lis, reabrindo o Anfiteatro de Barra do Garças com o Show Buquê, dirigido por sua mãe Carla Costa, e produzido por seu parceiro, o rapper e produtor Micos Brown, seu parceiro também em composições e clipes musicais. Seguiu pelo Mato Grosso, fazendo shows no Sesc de Cuiabá e de Rondonópolis, dando ênfase ao seu trabalho autoral.
Com o rapper e produtor Micos Brown, seu parceiro também em composições e clipes musicais Oficina de Maracatu UFMT


Entrevista com o trio Flor de Liz

Show EXPLICITA Show EXPLICITA com a participação da mãe Carla Costa


EP FLOr DE LIZ DE Erika Ribeiro
Lançamento do EP EXPLICITA no bar e restaurante Casarão em Formosa-GO
Faculdade concluída, Érika foi morar em Goiânia novamente, passou um ano focada em seus estudos de direito, mas não teve jeito: voltou para Barra do Garças com sua mãe e para lá levaram o “Confuso Casarão”, espaço de shows, ensaios do Maracatu, encontros culturais. Dois anos depois Érika foi morar em Recife, onde produziu seu primeiro clipe dentro do Ylê, em homenagem ao Maracatu Porto RIco e se apresentou em Bares e Eventos da Capital Pernambucana.
Atualmente Érika Ribeiro mora em Goiânia, e em 2020 produziu seu segundo EP “No mês de maio é natural sorrir”, e se apresenta em diversos locais da Capital e em Pirenópolis, está em fase de finalização do seu primeiro Álbum (Afrodisíaca), produzido por Paulo Monarco e foi sua companheira e blogueira, Raquel Silva quem realizou sua inscrição no The Voice Brasil.
Érika Ribeiro, o Brasil sempre torceu e torcerá por você. E para lembrar os tempos em que você jogava futebol, gritamos: “Vai que é sua!!!”

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Nação Porto Rico Recife
Com Dani Black – São Paulo

Na Paella do Fausto em Pirenópolis

Para conhecer mais sobre Erika Ribeiro acesse:
https://br.video.search.yahoo.com/search/video?fr=mcafee&ei=UTF-8&p=youtube+erika+ribeiro&ty
https://music.apple.com/br/artist/%C3%A9rika-ribeiro/1505160084
https://www.instagram.com/aerikaribeiro/