O DF continua a produzir talentos na música e cada vez mais profissionais atuam para levar o rock local para além do quadrado de Brasília.
Dida Brasil
O cenário musical de Brasília é bem conhecido nacionalmente principalmente pelos destaques produzidos no rock. Esse panorama é vivido pelo produtor Diego Marx, figura notória nesse meio e que há anos vem gravando e produzindo importantes discos de talentos brasilienses. Ele é responsável, por exemplo, pela produção musical de toda a discografia da Scalene e por trabalhos das bandas Móveis Coloniais de Acaju, Dillo, ETNO, Trampa, entre outras. Também já desenvolveu trilhas para curtas metragens e áudio publicitário.
Para ele, Brasília tem certa predisposição para o rock autoral e com insistência os limites do quadrado podem ser superados. “Em outras cidade que morei não percebi esse drive tão acentuado quanto aqui. Temos um desejo de gerar nossa própria música, e embora ela não tenha uma cara específica, há uma busca por autenticidade e inovação. Acredito que superaremos os limites com um bom núcleo de trabalho, artistas e um bocado de insistência”, ressalta.
Em consonância com essa realidade esta o festival Rock Sem Fronteiras que abre espaço para músicos do DF e outros estados para mostrarem seus trabalhos em quatro edições realizadas de 9 de abril a 9 de julho de 2016, no Bangalô da AABB. “Esse ano fizemos quase 50/50 a proporção de artistas brasilienses e do resto do Brasil, foram oito brasilienses e sete de fora e um que conta tanto como Brasília como de fora, que é o Aloízio que já mora em SP há alguns anos”, explica Diego que também esta à frente da nova agência de projetos culturais Rockin’ Hood, em parceira com o Tomás Bertoni, guitarrista da Scalene, produtora do festival. Além do DF e São Paulo participam do Rock Sem Fronteiras bandas de Goiás, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.
Agência Rockin Hood inaugurada com o festival, atua ainda na área de consultoria para bandas e criação de aplicativos. Com espírito jovem, a empresa prepara ações para fomentar a cena cultural de Brasília. “Vamos trabalhar com projetos de qualidade suficiente para terem repercussão nacional”, afirma Bertoni.
Em pleno vapor a agência já desenvolve vários projetos. “Estamos organizando turnês, produzindo discos, DVDs, eventos, shows e até em jogos para smartphones estamos nos aventurando. E claro, apesar de todo trabalho, queremos muito mais!